Uma dupla que não usa botina, fivela e chapéu, formada por dois irmãos talentosos, com fama de galãs que parecem avessos a entrevistas antes e depois dos shows.
Assim podem ser descritos _de forma bem resumida _ os mineiros Victor & Leo, que trouxeram seu show mais uma vez ao Villa Country, a mais importante casa noturna paulistana do gênero, na noite de ontem (3).Com casa lotada, mesmo com preço de ingressos a R$ 100,00 no último lote, o público aguardou até 1h da madrugada desta sexta o início da apresentação.
Victor Chaves, um dos compositores mais renomados da música sertaneja da atualidade, é quem entra ao palco primeiro, fazendo um solo com seu violão, instrumento que não largaria no decorrer da noite.
Leo entra alguns momentos depois, já cantando o sucesso “Borboletas”, levando fãs ao delírio. É ele quem faz a primeira voz, e quem mais arranca suspiros das tietes, cantando as modas românticas ou arriscando alguns passos de dança, nas mais agitadas.
Romantismo, aliás, que parece ser a característica principal da dupla. Uma proposta diferente das outras duplas surgidas recentemente, que apostam em arranjos e letras mais dançantes e agitadas. “Tem que Ser Você”, “Boa Sorte Pra Você”, “Água de Oceano”e “Nada Normal” são exemplos disso, presentes no repertório do show.
Mesmo sem as botinas, porém com camisas com estampa xadrez, eles falam de raízes e lembram suas influências durante o show. Fazem homenagem ao Trio Parada Dura, com “Telefone Mudo” e relembram “60 dias Apaixonado”, clássico do sertanejo, já gravado por Chitãozinho & Xororó e Milionário & José Rico. Chrystian & Ralf também são lembrados em “Nova York”, regravado pela dupla.
Um repertório que agrada bastante ao público, pela reação a cada canção executada. Seguem-se as obrigatórias “Fada”, “Vida Boa”, “Deus e Eu no Sertão”, que tornou-se conhecida como tema de novela da Globo, e “Rios de Amor”, presente na trilha de “Araguaia”, entre outros sucessos.
Entre uma canção e outra, sobra tempo ainda para brincadeiras entre os irmãos e conversas com a platéia, a maioria delas comandadas por Victor, que chega a cantar em determinado momento do show com um chapéu de palha, cobrindo os cabelos curtos _ visual adotado recentemente.
Mesmo sem falar à imprensa, os irmãos provam que o diálogo com seu público _ pelo menos através de sua música e performance no palco _ funciona. E muito bem, por sinal.
Carlos Guerra
Confira fotos da cobertura do Porteira Brasil: http://www.porteirabrasil.com.br/?p=7844
Fonte: Site Porteira Brasil
Comentários:
Postar um comentário