Em um encontro com jornalistas realizado em São Paulo no dia 8 de junho, o produtor musical Marco Mazzola anunciou a primeira edição do Prêmio de Música Digital, iniciativa em parceria com a indústria musical nacional que pretende premiar os principais destaques no mercado de música digital no Brasil.
A premiação, que acontece no dia 23 de novembro no Teatro Oi Casa Grande no Rio de Janeiro conta com três categorias: prêmio por vendas, prêmio por voto popular e prêmio por reconhecimento digital.
Dividido por gêneros (rock, pop, samba, regional, religioso, sertanejo e internacional), a categoria de vendas vai premiar as músicas mais vendidas no formato digital (incluindo vendas de mp3 on-line e para celulares) no país entre 2008 e 2009.
Para concorrer nas categorias, os artistas e gravadoras devem se inscrever no site oficial do evento, indicando as vendas de suas principais faixas. Os números serão auditados pela Nielsen, que vai indicar o ganhador de cada gênero.
A categoria voto popular contará com nomes indicados por jornalistas, blogueiros e profissionais do meio, e conta com as categorias música do ano, artista do ano e artista revelação. O público poderá votar nos seus artistas favoritos on-line e também por SMS.
Já na categoria reconhecimento digital os organizadores vão escolher um artista e uma empresa que foram “engajados digitalmente” e ajudaram a “promover a legalidade e a venda de conteúdos digitais”.
Sem downloads gratuitos
Concentrado nas vendas, o prêmio deve incluir novas categorias nos próximos anos. “Ainda estamos estudando, estamos apenas no começo, mas podemos incluir nas próximas edições categorias para outros tipos de downloads, como o download patrocinado e o download gratuito”, explica Cláudio Vargas, executivo da Sony Music e membro do conselho do evento.
O prêmio conta com o apoio de vários artistas nacionais, que gravaram depoimentos em vídeo (todos usando celulares) e que está disponível no site oficial do evento. Com nomes como Mallu Magalhões, Toni Garrido, Zeca Baleiro e Gilberto Gil, o vídeo mostra diferentes gerações do pop nacional falando sobre o novo mercado de downloads.
“O futuro do consumo da música é digital”, afirma Frejat, enquanto o grupo Cine, criado na era da internet, diz que é importante que “a galera adquira conteúdo, na medida do possível, para ajudar os artistas”.
Mazolla, idealizador do projeto e produtor de artistas como Gal Costa, Raul Seixas, Ney Matogrosso, Elis Regina e Ivete Sangalo, entre outros, acha que o meio digital é muito importante para a renovação da música nacional. “O que ouvimos no rádio hoje é medíocre. A internet e os meios digitais podem ajudar a encontrarmos uma nova música brasileira”, imagina.
Serão premiados os 10 artistas que mais vendem suas músicas na internet; as preferidas do público, através do voto popular; e as marcas e os artistas mais atuantes no meio digital.
A Bandeirantes – Rio vai apoiar o Prêmio de Música Digital, com transmissão no dia 23 de novembro, direto do Teatro Oi Casa Grande, no Leblon. O prêmio já tem adesão de artistas como Milton Nascimento, Gilberto Gil, Toni Garrido, Frejat, Nando Reis, Victor e Leo, Aline Barros, Ivete Sangalo, Skank, Zeca Baleiro, Pitty, Restart, Rogério Flausino e Luan Santana. A cabeça de rede, em São Paulo, enviará uma equipe do CQC ao evento.
Fonte: G1 e Ponte Plural
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