Dupla mineira, Victor e Leo, é enfim 'A Favorita'

Com seis anos de carreira e fenômeno de acesso na Internet, dupla emplaca ‘Tem Que Ser Você’ no horário nobre .

Rio - Em 2002, a crise já era grave na indústria fonográfica, mas os artistas ainda não haviam começado a saltar das barcas das gravadoras, que naquela época já faziam água. Em São Paulo, recém-chegados de Belo Horizonte, onde passaram oito anos cantando na noite, os irmãos Victor e Leo não tiveram muita dificuldade para arranjar uma gravadora que lançasse seu primeiro disco, e menos ainda para dispensá-la assim que viram o resultado das gravações.

Bem diferente de seu novo CD, ‘Borboletas’ (SonyBMG/ Day 1).

Não era a nossa cara. Viramos independentes por necessidade artística”, conta Victor, principal compositor da dupla sertaneja que é hoje um fenômeno pop (a música ‘Tem Que Ser Você’ está na trilha de ‘A Favorita’). Seis anos depois de dispensar a gravadora Number 1 — que, aliás, já bateu as botas — Victor e Leo se orgulham de caminhar sempre na contramão.

“Não peço para tocarem minha música, não seguimos moda, mercado ou rótulo. Confiamos mais na nossa música do que em diretores artísticos”, diz Victor, com propriedade.

Seus vídeos já foram acessados mais de 20 milhões de vezes na Internet e, apenas em 2007, 3,5 milhões de pessoas assistiram a seus shows.Nascidos em Abre Campo, interior de Minas, os irmãos começaram a compor sem planos definidos, no início dos anos 90. Mas só após se tornarem independentes, eles notaram o próprio potencial. “Fizemos um CD em 2004, ‘Vida Boa’, e começamos a vender nas casas noturnas.

Em 2006, quando lançamos o ‘Ao Vivo’, os radialistas do interior já nos procuravam, tantos eram os pedidos nas rádios”, conta.Apenas ano passado, quando lançaram o DVD ‘Ao Vivo em Uberlândia’, eles viraram rostos conhecidos. “Entrávamos num pavilhão para 10 mil pessoas e ficávamos no meio do público, quase anônimos”, ri Victor, que soma, na pirataria de seus discos, o tamanho da popularidade: são mais de 2 milhões de CDs ilegais.

Fonte: O Dia Online